
Não há como entender os americanos, o Dukes Of Hazard e o The Wedding Crashers chegam ao topo do box-office e The Island não passa de um grande flop.
The Island é o típico Blockbuster de acção. Não acrescenta nada ao nosso intelecto. Mas não é um mau filme. Tal como Mr. and Mrs. Smith, este filme não pretende ser mais do que entretenimento para as massas e nessa tarefa é bem sucedido. Na minha opinião os filmes devem ser comparados dentro do género que se inserem e nunca a outros que consideramos grandes filmes. É impossível, por exemplo, comparar The Island a Million Dollar Baby. É certo que o filme de Clint Eastwood é superior, mas são géneros totalmente distintos. Podemos então comparar The Island a outros filmes do género. A Armaggedon, também de Michael Bay, ás sequelas de Matrix. Para mim é claro que este é um filme bastante superior a qualquer um dos anteriores. Ou podemos simplesmente esquecer as comparações e fazer o filme valer por si só.
Lincoln Six Echo e Jordan Two Delta são dois da imensidão de clones mantidos em cativeiro. São iludidos de que o mundo exterior está inabitável devido a um vírus mortal e mantéem apenas a esperança de serem um dos escolhidos para irem para "A Ilha". O único lugar aparentemente a salvo do vírus. Lincoln (Ewan McGregor) faz uma descoberta aterradora e decide fugir, acabando por levar consigo Jordan (Scarlett Johansson). Com a empresa que os criou atrás deles a única forma que têm de se manter vivos é fugindo e procurando os seus 'originais'.
Em termos de acção o filme consegue facilmente captar a nossa atenção. Não se desenrola tudo demasiado abruptamente. Michael Bay leva o seu tempo para contar a história com sentido e coesão. Claro que há as perseguições e explosões da praxe, mas o que seria um Blockbuster sem isso ? Michael Bay faz um excelente trabalho. Não nos podemos esquecer que para além de responsável por Armaggedon e Pearl Harbour (filmes na minha opinião péssimos) o realizador também teve alguns momentos de inspiração na sua carreira com The Rock e Bad Boys. Não é assim uma surpresa tão grande que este seja um bom filme. Assim como os actores. (ok, a Scarlett Johansson está longe do que é capaz, mas o seu personagem também não exigia nada de muito profundo). Não comprometem o filme, antes pelo contrário Ewan Mcgregor tem grandes momentos. (especialmente quando contracena consigo próprio).
Agora, porque é que isto foi um flop na América? Beats me. Acho ridícula a troca de insultos que têm vindo a público por parte da distribuidora do filme contra os actores e mais ridículo é Scarlett Johansson vir responder à letra nos media. Há filmes que falham, sejam por má gestão publicitária ou pouca aceitação do público. São factores que tanto os realizadores, os actores e as distribuidores têm de estar preparados para aceitar. Não tem de haver um culpado.
Outra das polémicas (com tanta polémica não sei como é que o filme continua a ser um fracasso de bilheteiras, afinal a má publicidade não deixa de ser publicidade)é o processo que caíu sobre Michael Bay por parte dos responsáveis do filme de 1979 Parts: The Clonus Horror. Não vi o filme, mas pelo que li parece-me que a história é semelhante. Mas nada que não pudesse ter sido fruto do acaso. Vou tentar investigar melhor o filme original (partindo do pressuposto que The Island é um clone ;) ) e aí darei a minha opinião.
Voltando ao filme em questão, é popcorn, mas são duas horas bem passadas, visualmente muito bem conseguido e com um ritmo que nos mantém interessados até ao fim. E afinal de contas a temática dos clones e da sua 'humanização' deixa-nos a pensar. Não é de todo um filme que deixará marcas, mas não é também uma perda de tempo.
 A minha classificação é de: 7/10Etiquetas: Criticas |